7 de julho de 2010

E é assim que tudo começa e termina, as cortinas fechadas e o ator em pé tremendo no palco. E é assim que eu me faço ridículo, rindo e dizendo "oi" e fazendo sexo e chorando entre tudo isso, às vezes eu me vou e logo volto terrível me humilhando pelas migalhinhas das tuas palavras,me dizendo que eu sou um homem espetacular. Te fode, idiota, me faça rir. E que por sorriso entenda-se aquela expressão terrível e deformada e insana que todo mundo faz quando está felicíssimo. E é assim que tudo começa e termina, eu no colo do mundo molhando tudo e sangrando e doendo e tentando fazer amor com tudo. Por Deus, desista, resto de nada, braço de ninguém, pegada invisível sobre todas as coisas. Enfia o seu amor amputado no seu rabo, mendigo.